Crítica
A Obra que Nunca Afundará
Por Jader Galam Ruivo | 30/06/2023
Minha nota:
Se você está lendo isso em 2023 você sabe de toda essa história do submarino, certo? Com toda essa história, minha vontade de rever Titanic (1997) ressurgiu, e revi pela terceira vez.
Eu não sou um entusiasta do James Cameron, muito pelo contrário, acho seus filmes apenas bonitos demais e só… menos Titanic. A obra por si só carrega consigo o mais puro e real significado da palavra ‘atemporal’.
Pra uns apenas um romance bobo, pra outros é a história de amor mais linda de todo o cinema. Para mim, eu discordo dos dois lados e acho apenas uma linda história de amor.
Mas a real é que Titanic é muito mais do que a história de Jack Dawson e Rose DeWitt Bukater, o filme é grandioso por tua produção quase que inimaginável para teu tempo, tua condução perfeita para sua duração de 3h14m e o mais importante: tua EPICIDADE ATEMPORAL.
As pessoas do ano de 2060 irão ver o filme e se maravilhar e se chocar com o quão épico tudo aquilo é.
Sempre vai ser gostoso ver o jovem Leonardo DiCaprio gritar “I’M THE KING OF THE WORLD!” na proa do navio sem ele próprio saber que viraria o rei do mundo com tua carreira. E também, sempre vai ser chocante ver aquele navio partir ao meio e aquelas pessoas caindo de lá e indo diretamente para a morte. Isso é sinônimo de épico e grandiosidade.
Acompanhar Jack e Rose é belo, suave, libertador e triste. O mundo sabe e sempre saberá a história de Titanic seja ela de trás pra frente, cortada ao meio, não importa. Isso nunca vai ser esquecido.
Uns podem não gostar, achar brega e lento demais, já outros podem achar a maior obra de todos os tempos, mas a realidade é que nem sua história, nem tua produção e muito menos tua grandiosidade será esquecida.
James Cameron demonstra maestria na direção, conduzindo a narrativa de forma cativante e envolvente. Seu roteiro habilmente intercala a história de amor entre Jack e Rose com o cenário histórico do naufrágio do Titanic, criando um equilíbrio bem-sucedido entre os elementos ficcionais e reais.
A equipe de produção fez um trabalho excepcional ao recriar o Titanic em detalhes minuciosos. A atenção aos detalhes e a fidelidade histórica na reprodução do navio, desde os interiores opulentos da primeira classe até as áreas mais humildes da terceira classe, contribuíram para a autenticidade visual do filme.
Dado o longo tempo de duração, a montagem do filme é habilmente realizada para manter o ritmo cativante. As transições entre as cenas de romance, ação e tragédia são bem executadas, mantendo o interesse do público ao longo do filme.
E é por essas e outras que se consagra como uma das obras mais bem feitas da história e carregará para sempre (ao lado de seus ONZE Oscars) o que é ser atemporal