Crítica
Ho, Ho, Ho! Now I have a machine gun!
Por Jader Galam Ruivo | 09/07/2023
Minha nota:
Os anos 80 tinham os famosos filmes de ação protagonizados por brutucus como Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger. Homens fortes, quase que imparáveis, com armas super pesadíssimas que acabavam com qualquer coisa que aparecia na frente é o que definia eles. Em 1988 foi lançado Duro de Matar e mudou um pouco este paradigma.
Bruce Willis entra no papel de John McClane, um homem que tem uma boa estrutura corporal e é um policial. O filme nos apresenta McClane tentando defender o prédio Nakatomi Plaza na noite de natal onde sua esposa trabalhava. Simples e direta, essa é a trama do filme.
Por mais simples que seja a trama, ela é cheia de detalhes e acontecimentos essenciais para que torne Duro de Matar um dos melhores – se não o melhor – filmes de ação já feito. O grupo de terroristas que entra para atacar o prédio é comandado por Hans Gruber, um dos grandes vilões da história do cinema, protagonizado brilhantemente pelo saudoso Alan Rickman.
Duro de Matar nos apresenta a fragilidade e vulnerabilidade de John McClane que o torna um personagem muito mais interessante que qualquer um em Rambo ou Exterminador do Futuro por aí. O filme nos apresenta McClane com medo de voar, recebendo conselhos de outras pessoas, exercitando e limpando seus pés no tapete da sala que sua esposa trabalha e indo para a pancadaria… descalço.
Sim, a ausência de um tênis ou sapato qualquer é o que nos representa a fragilidade e “mortalidade” de John McClane no filme, o que não vemos nunca em filmes de brutucus já citados que são praticamente imortais e nem sequer sangram. McClane sangra o filme inteiro, ele se desespera antes de enfrentar alguém muito forte ou quando chega perto da morte.
O personagem de Bruce Willis passa o gume em todo mundo (isso não é spoiler, é um filme de ação pelo amor de Deus!), ele ama frases de efeito cafona e é um baita crianção. O roteiro é muito perfeito ao cadenciar sua evolução junto à evolução de McClane, chega a ser homogêneo ver os dois subindo lado a lado. O diretor John McTiernan acerta em todas as suas escolhas técnicas do filme.
Na verdade verdadeira, Duro de Matar é sim a melhor ação que o cinema tem.