Crítica
Bueller… Bueller… Bueller…
Por Jader Galam Ruivo | 14/07/2023
Minha nota:
John Hughes sempre retrata o sonho adolescente americano em suas obras, seja ele algo material ou emocional.
Curtindo a Vida Adoidado não é diferente, aqui o sonho adolescente está encarnado em Ferris Bueller, interpretado de forma magistral por Matthew Broderick. Hughes sempre teve em sua mente que um jovem tem que aproveitar a sua vida em curtição, mas sem cair na zona da ‘vagabundagem’, então é exatamente isso que ele retrate aqui no filme.
“A vida passa rápido demais, e se você não parar de vez em quando para vivê-la, acaba perdendo seu tempo”, Ferris nos passa essa mensagem importantíssima para nossa vida enquanto John Hughes nos mostra o que é curtir a vida. Sem apelar para caminhos inúteis como álcool ou drogas (até zombando muito de quem apela para isto), ele nos mostra de forma sútil e delicada que a gente precisa do mais simples pra ser feliz nessa idade: amigos e sair para curtir.
Uma passagem por um museu para ver quadros, se passar por outra pessoa em um restaurante chique, ir ver um jogo de baseball e ouvir Twist and Shout dos Beatles durante uma passarela de desfile no centro da cidade tudo isso com o carro do pai do seu amigo e ainda em horário de aula é o que para John Hughes é curtir. Sem fazer mal a simplesmente ninguém, isso é a vida.
John Hughes não está mais entre a gente, infelizmente, para continuar passando sua mensagem para novas gerações que vem vindo, mas com certeza suas obras estão eternizadas no imaginário popular e na história da sétima arte.
Muito obrigado Hughes, por nos ensinar o que é curtir a vida adoidado.